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CONCEDE MEDALHA TIRADENTES E O RESPECTIVO DIPLOMA AO ILUSTRÍSSIMO SENHOR GLENN GREENWALD |
Art. 2º - Esta Resolução entrará em vigor na data da sua publicação.
Deputados ZEIDAN LULA, ANDRÉ CECILIANO, CARLOS MINC, WALDECK CARNEIRO, ENFERMEIRA REJANE
Em 2012, Greenwald começou a trabalhar no prestigiado jornal britânico The Guardian e, juntamente com vários outros jornais, incluindo The New York Times, The Washington Post e Der Spiegel, iniciou a publicação das revelações sobre a vigilância eletrônica global americana, executada pela Agência na qual Edward Snowden trabalhava como agente. Sua história ganhou as telas de cinema com o filme Snowden, do diretor Oliver Stone.
No Brasil, o programa Fantástico. em 2013, exibiu uma reportagem baseada em documentos fornecidos por Snowden a Greenwald, revelando que a NSA vinha espionando, principalmente, a Petrobras para beneficiar os americanos nas transações com o Brasil . Ainda em 2013, em reportagem com a jornalista Sônia Bridi, Greenwald revelou que além de grandes empresas como a Petrobras, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff foi espionada pelo governo americano. As revelações provocaram reação em diversos países do mundo e na comunidade de especialistas na segurança da Internet.
O jornalista apresentou documentos que mostram que o governo dos Estados Unidos espionou milhões de telefonemas e e-mails de brasileiros, além das ligações de diplomatas. Os documentos revelaram ainda que a NSA contou com a ajuda do Canadá para invadir as comunicações do Ministério de Minas e Energia do Brasil.
Em depoimento ao Congresso Nacional do Brasil, em agosto de 2013, Greenwald testemunhou que o governo dos EUA tinha usado o combate ao terrorismo, na verdade, como um pretexto para a vigilância clandestina, para aumentar suas vantagens e competir com outros países em áreas empresariais, industriais e econômicas.
Em outubro do mesmo ano, Greenwald anunciou que estava deixando o jornal The Guardian para aproveitar uma oportunidade que, segundo ele, nenhum jornalista poderia recusar: iniciar o site The Intercept. A meta, segundo Greenwald, é "produzir um jornalismo corajoso, confrontando uma ampla gama de tópicos como corrupção, política financeira ou violação de liberdades civis”. O site vem se destacando por fazer um jornalismo combativo, enfrentando os poderosos, sejam eles quais forem.
Em junho de 2019, mais um escândalo revelado por Greenwald abalou as estruturas da política, desta vez no Brasil. Ele é o autor de uma série de reportagens que revelam os bastidores da operação Lava a Jato. O vazamento, de fonte anônima, mostra conversas no aplicativo Telegram entre o ex-juiz do caso, Sergio Moro, e o promotor Deltan Dallagnol. As transcrições mostram como o ex-juiz cedeu informação privilegiada à acusação, auxiliando o Ministério Público a construir casos, além de orientar a promotoria, sugerindo modificação nas fases da operação Lava Jato. A repercussão do caso fez, no dia seguinte, com que o Conselho Federal e o Colégio de Presidentes Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aprovassem, por unanimidade, a recomendação para o afastamento dos cargos públicos de todos os envolvidos no caso dos diálogos entre integrantes da operação Lava Jato no Brasil divulgados pelo site de Greenwald.
PRÊMIOS
2009, juntamente com Amy Goodman, o primeiro Prêmio Izzy por realizações especiais em mídia independente
2010 Prêmio de Jornalismo Online de 2010 por Melhor Comentário por seu trabalho investigativo sobre as condições de Chelsea Manning.
2013 Suas reportagens sobre a Agência Nacional de Segurança (NSA) ganharam inúmeros outros prêmios em todo o mundo, incluindo os principais prêmios de jornalismo investigativo do Prêmio George Polk, o Prêmio de Jornalismo Online 2013, o prêmio Libertad de Expresion Internacional 2013 da revista argentina Perfil e o Prêmio Pioneiro 2013 da Electronic Frontier Foundation. A equipe que Greenwald liderou no The Guardian recebeu o Prêmio Pulitzer também pelas reportagens sobre a NSA. A revista Foreign Policy nomeou Greenwald como um dos 100 principais pensadores globais de 2013.
Em 2014, Greenwald recebeu o Geschwister-Scholl-Preis, um prêmio literário anual alemão, pela edição alemã de No Place to Hide. Greenwald também foi nomeado o ganhador de 2014 da Medalha McGill de Coragem Jornalística do Colégio Grady de Jornalismo e Comunicação de Massa da Universidade da Geórgia.
LIVROS PUBLICADOS
“Sem lugar para se esconder”, publicado em português sob o selo Primeira Pessoa, da Editora Sextante, lançado em maio de 2014 (título original em inglês No Place to Hide: Edward Snowden, the NSA, and the U.S. Surveillance State, ISBN 978-0771036781). O livro contém informações sobre a vigilância global da NSA que não haviam sido publicadas pela imprensa até maio de 2014, incluindo os nomes das empresas americanas parceiras principais da NSA no projeto de vigilância e espionagem mundial
Great American Hypocrites (2008)
A Tragic Legacy (2007)
How Would a Patriot Act? (2006).
Legislação Citada
Atalho para outros documentos
Coautorias deferidas no plenário do dia 20/08/2019
Informações Básicas
Código | 20190500150 | Autor | ZEIDAN LULA, ANDRÉ CECILIANO, CARLOS MINC, WALDECK CARNEIRO, ENFERMEIRA REJANE |
Protocolo | 004915 | Mensagem | |
Regime de Tramitação | Ordinária |
Entrada | 13/06/2019 | Despacho | 13/06/2019 |
Publicação | 14/06/2019 | Republicação | 23/08/2019 |